quarta-feira, 9 de novembro de 2011

UM POEMA INÉDITO DE JORGE ELIAS NETO

(Nicoletta Tomas)





Máscara mortuária


Guardei meu último gesto.

Será um movimento

exato da mão

a cortar pelo talo

a palavra

definitiva.


Dirão as carpideiras:


"Reparem

o riso e todos

esses dentes;

a frouxidão da boca

cansada de gargalhadas

e asneiras."


O cúmplice,

me encontrará sem palavras

e gelado

como a verdade.



Vitória, 06 de novembro de 2011



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